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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A ORIGEM DO TIME DA VIRADA


O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor. Todo vascaíno que se preza já gritou isso das arquibancadas, dos bares ou mesmo sozinho em frente à TV. Mas todos sabem de onde veio essa “marca registrada”?

Aldir Blanc, em A Cruz do Bacalhau (Ed. Ediouro), relata que, no Rio de Janeiro, o futebol começou a se disseminar no início do século passado, principalmente entre aqueles de famílias mais ricas. Aliás, até o Club de Regatas Vasco da Gama se aventurar pelos gramados em novembro de 1915, somente os filhos da elite podiam praticar o esporte, e, à época, se dividiam entre Fluminense, Paysandu Cricket Club, Rio Cricket and Atletic Club, Botafogo, Flamengo, América e Bangu, que não obstante ter sido fundado num parque operário, não demonstrava tal origem em seu plantel.

O autor narra que, em meio a oscilações, perseguições e boicotes por ser um time de negros, pobres e membros das classes inferiores da sociedade, o Vasco conseguiu crescer e, em 1922, venceu todas as disputas que participou, conquistando, inclusive, seu primeiro troféu no futebol: a Taça Constantino.

Veio 1923 e, já na primeira divisão, mesmo enfrentando várias adversidades, o time apareceu como candidato ao título de campeão carioca por adotar uma filosofia distinta dos demais: a obrigatoriedade de participação dos jogadores nos treinos físicos e táticos, que ocorriam diariamente. Aldir fala que, de acordo com o cronista Mário Filho, “se a noite era de lua, podia-se ver os jogadores do Vasco treinando”.

E foi exatamente esse fator que transformou o Vasco no time da virada.

Esbanjando garra e preparo físico, os jogadores cruz-maltinos tinham como arma mortal o segundo tempo, momento em que as equipes adversárias, compostas por jovens da burguesia carioca, não habituados ao ritmo de treino vascaíno, já estavam exaustas em campo. Diz-se que até o pessoal do atletismo invejava a capacidade aeróbica do time. Resultado: em quatorze jogos, onze vitórias, todas de virada no segundo tempo, levando os portugueses a bancarem várias comemorações pelos bares da cidade e, principalmente, a festa do título. 
A história nos mostra que, se hoje cantamos “O Vasco é o time da virada”, não é à toa. Não é só mais uma música de arquibancada qualquer. O grito se remete ao começo do Gigante da Colina no futebol e representa um time comprometido, fiel aos seus ideais e, acima de tudo, digno e lutador dentro e fora de campo, independente do tratamento recebido.

Isso é o que torna o Vasco da Gama diferente. O Vasco não é só futebol. É amor, lição de vida, exemplo. E 2011 resgatou essa essência que só o cruz-maltino tem.

Que em 2012 nosso Vascão continue nesse ritmo, com chuva ou sol, frio ou calor, ventos contrários ou a favor. Que nossos guerreiros se entreguem, pois estaremos juntos, na dor ou na alegria. Que nós, eternos seguidores do Almirante, possamos comemorar pelas ruas suas incríveis viradas e estampar no peito o símbolo que nos traz maior orgulho: a cruz de malta.

O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor.

Casaca!

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