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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Mascote Eddie


O mascote da Força Jovem, o Eddie, nasceu no final dos anos 70, na Inglaterra. Coube a fãs da banda que eram de uma torcida organizada, a Força Jovem, mais ou menos 2 anos mais tarde, em uma atitude de vanguarda (nenhuma torcida até então havia feito essa associação)[carece de fontes], estampar em uma de suas bandeiras a imagem no Eddie, que era capa do álbum The Number Of The Beast.

Já mais para o final dos anos 80, uma segunda bandeira com o Eddie é confeccionada, desta vez a imagem seria a mesma da capa do LP Made In Japan, onde o mascote satiriza um samurai, incrementando ainda mais a linha de frente das bandeiras da Força.

Em 1989 Eddie cai de vez nas graças da torcida, se tornando seu mascote oficial. Um adesivo com sua imagem é criado, dando início aos inúmeros que viriam e elevariam o status dos adesivos da Força nos quesitos criatividade e beleza. Já no início dos anos 90, vários integrantes da Força Jovem, inspirados, começaram a pintar imagens do Eddie nas costas de suas camisas, logo abaixo do "Força Jovem". Na mesma época a torcida adota de vez a identidade visual que conhecemos até hoje: seu logotipo passa a ser de características góticas, a cruz de malta é modificada (ganhando uma outra "cruz branca" no centro) e junto com a imagem do Eddie, se torna, sem sombra de dúvida, a identidade visual mais bonita de todas as torcidas organizadas do país. As salas da torcida em São Januário e no Maracanã receberam pinturas novas, destacando o mascote.

No Campeonato Carioca de 1992 a torcida apresenta seu primeiro bandeirão (o maior do país até então), e estampado nele, o Eddie do "The Number Of The Beast" está junto com uma caravela. Mais tarde, a Força Jovem cria uma nova faixa usando a imagem do Eddie no canto. E como já havia tempo que a Força Jovem estava dividida em famílias (determinando as regiões do Rio de Janeiro), inúmeras bandeiras de famílias com Eddie começavam a aparecer nos jogos. Em um concurso realizado para saber qual era o melhor mascote, o Eddie representou muito bem a Força Jovem, e ganhou disparado o concurso.

Muito se especulou a respeito de um possível "processo" movido pelos representantes dos direitos da banda Iron Maiden no Brasil, afinal a Força Jovem estava usando a imagem do Eddie, que é uma marca do grupo. Ao contrário disso, os integrantes do grupo se sentiram honrados por verem a imagem de seu mascote associado a uma torcida de um time de futebol (a Força Jovem foi a primeira em todo mundo a fazer isso), já que eles eram fãs do esporte e admiradores incondicionais do futebol brasileiro. Como reconhecimento do carinho da torcida, em uma visita ao país para divulgação do disco The X-Factor, presenteiam a Força Jovem com um "troféu" com o Eddie em uma cadeira elétrica (era uma miniatura real do que estavam usando nos shows).

Se antes a camisa da Força Jovem era a camisa mais bonita de todas as torcidas organizadas do Brasil, o que representaria se oficialmente fosse colocada a imagem do Eddie? Mais uma vez a Força deu um passo à frente, no final de 1995, acrescentou nas costas da camisa (logo abaixo do "Força Jovem") a imagem do Eddie bordada.

Na campanha do Campeonato Brasileiro de 1997, enquanto em São Januário, no Maracanã ou em qualquer outro estado os ecos de "ahhhh é Edmundo..." eram os mais ouvidos, o bandeirão da 27ª Família, do Espírito Santo, dava show, desta vez a imagem do Eddie era da capa do disco "Killers". E para a decisão envolvendo Vasco e Palmeiras, a Força Jovem nos brindou com mais um exemplo de criatividade: um busto gigante do Eddie foi criado para incrementar ainda mais as arquibancadas, mas a polícia impediu que ele entrasse no Maracanã, alegando que poderia ter problemas de segurança. Uma pena, mas com o Vasco campeão, a festa de comemoração foi na quadra da escola de samba Unidos da Tijuca (que no ano seguinte homenagearia o Vasco pelo seu centenário)... e lá estava o Eddie ensaiando uns passos, provando mais uma vez que a mistura de samba, rock e alegria só a Força Jovem proporciona.

A decisão da Copa João Havelange de 2000 só foi realizada no início de 2001, na mesma época que a cidade receberia mais uma vez inúmeras bandas para a terceira edição do Rock In Rio, e entre estas bandas estaria o Iron Maiden.

Quando a banda chegou no Brasil, a Força Jovem entrou em contato com o Maiden e conseguiu no dia da entrevista coletiva da banda, que foi onde eles estavam hospedados, no Hotel Intercontinental, um encontro com os músicos. Uma van com vários componentes saiu da sede da FJV que ficava no Centro para o encontro onde foi entregue para todos os integrantes da banda um kit Força Jovem ( boné, camisas, flâmulas, fotos). Todos já conheciam a nossa torcida e ficaram surpresos e contentes com a organização e a maneira com que “tratávamos” o Eddie. Como não poderia de ser, o convite para assistir o jogo do nosso Vasco foi feito. Era o Iron Maiden no Maraca assistindo ao Vasco Tetra campeão.

No dia do jogo (final do brasileiro de 2000) lá estavam Steve Harris (baixista e mentor da banda) e o guitarrista Janick Gers. A idéia inicial era levá-los para assistir o jogo no meio da torcida, mas como o tumulto seria grande, optou-se por uma rápida passagem, deixando os ingleses nas tribunas do estádio. Mesmo de lá eles não paravam de admirar a festa da Força Jovem, e a cada vez que o novo bandeirão subia ambos se olhavam e com certeza pensavam: "Depois dos discos e dos palcos do Iron Maiden, o melhor lugar para o Eddie seria mesmo estar nas bandeiras, camisas e no coração da Força Jovem do Vasco!!!

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